A fome derivada da seca que se faz sentir nalgumas regiões da Huila origina a migração de muitas pessoas para Luanda, revelou a Associação Construindo Comunidades (ACC).
O padre Pio Wakussanga, coordenador da ACC, disse à VOA que as regiões mais afectadas são Quilengues, Chibia e Quipungo. Outras comunidades registam a movimentação, mas em pequena escala.
No município da Chibia, cerca de 16.000 pessoas precisam de ajuda alimentar.
"Não se justifica que não haja resposta nesta altura (...) a seca prolongada começou em 2012. Estamos em 2015 e não vemos uma resposta estruturante para este grande problema,” reclamou o padre Wakussanga.
Em Luanda, as pessoas vítimas da situação andam espalhadas nas grandes obras e aceitam trabalhos precários. Nas zonas de origem, as familias abandonadas mal conseguem sobreviver.
O padre católico sugeriu como primeira medida "para atacar a fome" a criação de uma “cesta básica como se faz no Brasil, e uma ajuda imediata noutros níveis, como o acesso à agua”.