As organizações da sociedade civil da Huíla vão desenvolver um programa de reflorestamento no município dos Gambos, um dos mais atingidos pelas alterações climáticas nos últimos anos.
O propósito é contribuir para a reposição da chamada cortina de vento cujo desaparecimento pode estar na origem dos sucessivos períodos de seca e consequente fome de que se têm debatido as populações locais.
Para o porta-voz do Espaço Sociedade Civil da Huíla Cecílio Elindo, o programa a implementar a partir de Abril deve envolver toda a sociedade porque a situação assim exige.
“Pensamos que ao lançar esse desafio aos munícipes e a sociedade em geral, a nossa intenção é que até finais da primeira quinzena de Abril tenhamos este projecto em marcha, começando em primeira mão por um debate sobre o ambiente no sentido de consciencialização dos munícipes, olhando para a questão da manutenção e conservação daquilo que será a cortina de vento a implantar na periferia do município e também das árvores ornamentais e fruteiras na sede do Chiange”, disse Elindo.
A situação dos moto-taxistas, vulgo kupapatas, também esteve em análise das organizações da sociedade civil. Formação e debates envolvendo todos os actores precisam-se.
“O problema não é a moto, mas a consciência do usuário da motorizada. Primeira ele deve respeitar a vida que ele tem e a vida daqueles que ele transporta”, afirmou aquele activista social.
O impacto do orçamento geral do estado revisto no programa de desenvolvimento da Huíla mereceu reflexão das organizações da sociedade civil que defendem uma explicação do próprio Executivo local sobre a dimensão do impacto.