As secas cíclicas que vêm ocorrendo na região sul de Angola poderiam ser mitigadas com a introdução de alternativas de baixo custo para o abastecimento de água.
A opinião é do especialista em questões de terras, Manuel Joaquim dos Santos, que garante que estas alternativas existem e já foram utilizadas no passado, mas hoje são ignoradas.
Joaquim dos Santos revela que são técnicas utilizadas por alguns países africanos que vivem o mesmo problema, mas que Angola dá pouca atenção.
“Há uma série delas não têm grandes custos e economicamente são muito mais viáveis e pode ser feito muito mais. Dou-lhe o exemplo dos moretes de recargas ou barragens subterrâneas também conhecidas por sundame que já eram feitas aqui há 40 anos e que deixaram de se fazer. São bastante baratas, subterrâneas, hoje fazem-se de plástico no Brasil e podiam ser usadas para aproveitarmos os milhões de metros cúbicos de água que todos os anos perdemos”, explica Santos.
Aquele especialista explica que o desconhecimento está na base do não recurso a esta alternativa de baixo custo pela busca de água em tempo de crise.
Para a implementação das mesmas técnicas nas zonas mais afectadas pela seca, o nosso entrevistado defende uma parceria entre o Governo e organizações da sociedade civil em termos de financiamento.