Cerca de 40 agentes e oficiais da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) em Luanda abortaram na tarde desta quinta-feira, 3, o protesto organizado pelo Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) para revindicar a redução do custo das taxas de entrada na Universidade Agostinho Neto (UAN).
As autoridades policiais justificaram a acção com a lei que permite manifestações em dias laborais apenas depois das 19 horas.
Duas horas depois do período marcado para o inicio da manifestação, os estudantes tentaram passar pelo cordão da PIR.
Francisco Teixeira, responsável do MEA, explicou que os estudantes decidiram não “forçar a barra” para não haver feridos entre os participantes.
“Entretanto, não quisemos causar feridos e indicamos cinco pessoas para levarem as nossas reivindicações ao Ministério das Finanças, com a colaboração da polícia”.
Teixeira acrescentou que, nos próximos dias, as manifestações contra os preços das inscrições poderão vir a ser realizadas dentro da cidade universitária.
“Esperamos que a reunião de amanhã com a reitoria com a Universidade Agostinho Neto tenha êxitos porque, senão, as próximas manifestações serão realizadas dentro da cidade universitária”, assegurou.
Muitos participantes disseram à VOA que a proposta deles é que o custo das inscrições seja reduzido de quatro mil kwanzas para dois mil kwanzas.
A VOA contactou Mateus Rodrigues, porta-voz da Delegação Provincial em Luanda do Ministério do Interior, que, sem gravar entrevista, disse que os manifestantes devem apenas cumprir a lei.