O Movimento dos Estudantes Angolanos, MEA, quer que se ponha fim à cobrança de 4.000 Kwanzas por inscrição na Universidade Agostinho Neto.
O pedido inserido num memorando enviado ao ministério do Ensino Superior e á reitoria da Universidade Agostinho Neto segue-se a uma queixa-crime entregue à Procuradoria-Geral da Republica por professores dessa universidade alegando mau uso desses montantes.
Francisco Teixeira, um dos dirigentes do MEA, disse á Voz da América que esse montante “é uma barreira” a muitos estudantes com boas notas que assim não conseguem entrar no ensino público por não terem esse valor.
“O ano passado houve 3.000 ou 4.000 mil vagas e inscreveram-se 50.000 pessoas o que quer dizer que a universidade Agostinho Neto arrecadou mais de 200 milhões de Kwanzas e até agora não tem justificado o que é que faz com esses valores”, disse Teixeira.
O dirigente do MEA disse ainda que para além da quantia que lhe é alocada no Orçamento Geral do Estado, a Universidade Agostinho Neto também recebe dinheiro “do fundo do petróleo”.
“Incompreensivelmente a Agostinho Neto insiste em cobrar 4.000 Kwanzas,” disse Francisco Teixeira para quem essa quantia deveria ser reduzida para 1.000 Kwanzas.