A Universidade António Agostinho Neto (UAN) diz que não vai recuar nos valores das inscrições cobrados aos candidatos que concorrerem pela primeira vez a uma vaga no ensino superior.
A garantia foi dada à VOA por Arlindo Isabel, porta-voz da UAN, no dia em que o Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) convocou para a quinta-feira, 3 de Janeiro, uma marcha de protesto contra o valor cobrado pela universidade, considerado exorbitante pelo secretário executivo do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).
O braço-de-ferro entre as duas partes está em torno do valor de quatro mil kwanzas para inscrição na UAN.
O MEA quer que a Universidade ponha fim à cobrança deste valor e convocou uma marcha para o dia 3 de Janeiro para exigir ao Ministério das Finanças a regulamentação das taxas das inscrições.
“O Ministério das Finanças precisa regular os preços e não ser a universidade a dar qualquer valor”, defende Francisco Teixeira, responsável do MEA, que coordena a marcha.
Por seu lado, Isaías Calunga, presidente da delegação de Luanda do Conselho Nacional da Juventude, classifica de “exorbitante” o valor cobrado para as inscrições e defende o valor de “dois mil kwanzas”.
Do outro lado, Arlindo Isabel, porta-voz da UAN, justifica que a cobrança se impõe devido ao exíguo orçamento da instituição.
“Não há como baixar porque esta é uma instituição científica e o valor da inscrição foi cautelosamente analisado”, responde Isabel.
A marcha do próximo dia 3 surge após o MEA ter enviado um memorando ao Ministério do Ensino Superior e à reitoria da Universidade Agostinho Neto, que ainda deram qualquer resposta.