O primeiro-ministro de Moçambique negou qualquer ligação dos atacantes que invadiram a vila de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado, a grupos fundamentalistas islâmicos.
Carlos Agostinho do Rosário reagia assim nesta segunda-feira, 9, aos ataques realizados por mais de duas dezenas de pessoas naquela vila perto de Pemba e que tanto residentes como alguns observadores ligam a grupos fundamentalistas islâmicos como o Al-Shaabab.
Rosário apelou à calma por parte da população, afirmando "que temos que ficar serenos e aguardar pelo trabalho que a polícia está a fazer para em devido tempo sabermos as reais motivações destes ataques e quem de facto os perpetrou".
O primeiro-ministro reiterou que a calma e a tolerância devem ser a palavra de ordem "para que possamos construir a paz a partir das casas, do bairro e da vila para que o país possa progredir", visto que, continuou Carlos Agostinho do Rosário, "situações de violência e de guerra não ajudam a criar mais emprego e postos de trabalho".
Na sequência dos confrontos ocorridos na última quinta e sexta-feira, 16 pessoas perderam a vida (14 do lado dos atacantes e dois agentes da Polícia) e há vários atacantes detidos.