O antigo presidente e herdeiro da Marcelo Odebrecht, a maior empresa de construção do Brasil, Odebrecht, foi condenado esta terça-feira, 8, pelo juiz federal Sérgio Moro, a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato.
O tribunal de Curitiba sentenciou com a mesma pena e pelos mesmos crimes no processo os antigos directores da Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo.
Também foram condenados os directores César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht, os ex-executivos da Petrobrás Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco e o cambista Alberto Youssef.
Moro fixou uma multa de 35 milhões de dólares aos cinco dirigentes da Odebrecht e a Renato Duque, ex-director da Petrobras.
O juiz disse que este é “o valor mínimo necessário para indemnização dos danos decorrentes dos crimes, a serem pagos à Petrobras, o que corresponde ao montante pago em luvas à Direcção de Abastecimento e à Direcção de Serviços e Engenharia e que, incluído como custo das obras no contrato, foi suportado pela Petrobras”.
Na sentença, o magistrado considera que houve fraudes nas licitações seguidas de pagamentos de luvas nas obras das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e no contrato de fornecimento de Nafta da Petrobrás para a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.
Marcelo Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo estão presos desde 19 de Junho de 2015 quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, na 14ª fase da Lava Jato.
Veja também o especial da Agência Pública sobre as relações Odebrecht e Angola