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Nyusi destaca “experiência pioneira” de combate ao terrorismo por africanos


Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, na 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Nova Iorque, 25 de Setembro 2018
Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, na 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Nova Iorque, 25 de Setembro 2018

Ao discursar na ONU, Presidente de Moçambique classificou as mudanças climáticas como maior ameaça do século.

O Presidente de Moçambique classificou as mudanças climáticas da principal crise da humanidade neste século e destacou a cooperação para combater o terrorismo, dando como exemplo a luta do seu país contra o fenómeno em Cabo Delgado.

Ao intervir na 78a. Assembleia Geral da ONU na noite desta terça-feira, 19, em Nova Iorque, Filipe Nyusi destacou a luta do seu país contra o terrorismo, que ele considerou “uma experiência pioneira de combinação de intervenção bilateral e multilateral”.

Alterações climáticas são um tópico dominante na Assembleia da ONU
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”É também exemplo de solução de problemas africanos por próprios africanos. Contudo, a questão que se coloca é a necessidade de apoio substancial a estes países que de forma direta e interventiva combatem conosco o terrorismo em Moçambique de modo a tornar sustentáveis as operações ainda em curso.

Crises em todo o mundo

Ainda na questão da paz e segurança, ele lembrou que várias regiões do mundo “vivem o ciclo vicioso de conflitos e instabilidade armados, sobretudo em África”.

Na sua intervenção, Nyusi destacou que “o mundo continua a enfrentar várias crises interligadas que comprometem o alcance da Agenda 2030”, principalmente depois da pandemia da Covid-19, desastres naturais decorrentes das mudanças climáticas e os conflitos armados.

Por isso, “milhões de pessoas continuam a viver na pobreza, sem alimentação adequada, sem acesso aos serviços de saúde e educação”.

“A ausência da confiança e solidariedade entre os que têm muito e aqueles que têm pouco ou quase nada” estão na origem, segundo Nyusi, do insucesso da Agenda 2030.

Aposta na economia azul

O Presidente de Moçambique classificou as mudanças climáticas “de principal crise da humanidade neste século”, e, a título de exemplo, citou os ciclones Idai, Keneth e Freddy que “provocaram centenas de mortes e perdas e danos avultados na ordem de bilhões de dólares”.

No seu discurso, o Chefe de Estado moçambicano abordou a transição energética e reforçou o pedido para que os países mais industrializados sejam solidários, incrementando o financiamento climático.

Filipe Nyusi assegurou que seu Governo aposta no desenvolvimento da economia azul para otimizar os recursos da extensa zona económica exclusiva de Moçambique.

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