A campanha de pulverização domiciliária, em curso em Nampula, anda comprometida tudo porque os citadinos residentes na considera terceira maior cidade moçambicana andam a boicotar esta actividade.
A campanha de pulverização domiciliária, que é levada a cabo anualmente pelas autoridades, visa contrariar os actuais cenários em que a malária, doença causada pela picada do mosquito anófeles, é a principal causa de internamentos nas diferentes unidades de saúde.
Porém, de acordo com o director de saúde da cidade de Nampula, Leonel Namuquita, muitas vezes quando os agentes de pulverização, espalhados pelos diferentes bairros da cidade,se dirigem às residências, a população fecha-lhes as suas portas, alegando que os mesmos são os principais responsáveis pelas constantes transmissão da malária e cólera.
Em Nampula,a primeira fase da campanha de pulverização domiciliária arrancou em Dezembro passado, tendo chegado ao fim nos princípios do mês em curso. Porém, as metas não foram alcançadas ao conseguir-se apenas pulverizar 84.225 das perto de 100 mil residências.
Por essa razão, o governo de Nampula viu-se na obrigação de prorrogar os prazos, estando neste momento a proceder à actividade de pulverização no Posto Administrativo Urbano de Napipine. Até ao momento, foram abrangidos os postos administrativos de Muatala, Namicopo, Muhala e o Posto Central.
Alguns analistas contactados pela VOA nesta tarde, associaram o facto com aspectos culturais e advertem para a necessidade da realização de campanhas de sensibilização sobre as vantagens de ter uma casa devidamente pulverizada.
A população alega serem as pulverizações que causam a malária e a cólera