MPLA antecipou-se à manifestação anti-governamental de segunda-feira e organizou, no centro de Luanda um mega desfile de apoio ao presidente José Eduardo dos Santos. Alguns jornalistas dizem que poderão ter participado no evento, segundo número não confirmados, cerca de meio milhão de pessoas, mas muito aquém dos dois milhões que as autoridades teriam pretendido.
Sete kilometros foi quanto os luandenses andaram esta manhã na marcha da paz promovida pelo MPLA de Luanda. A caminhada iniciou na avenida Deolinda Rodrigues, passou pela avenida dos comandos e teve o seu ponto máximo no marco histórico 4 de Fevereiro no município do Cazenga, o mais populoso do país
Com uma participação considerável de cerca de meio milhão de participantes, segundo uma contagem não confirmada, mas aquém dos dois milhões de participantes que o partido no poder pretendia juntar, o número de participantes foi aumentado ao logo do seu percurso entoando slogans de paz e vivas ao presidente da República, José Eduardo dos Santos.
O manto de branco que estendeu pelas artérias de Luanda juntou pessoas de diferentes estratos sociais, partidos políticos, igrejas, autoridades tradicionais e outros sectores da sociedade civil angolana que não quiseram ficar de fora desta “mega”manifestação oficial.
A chegada ao marco histórico, o acto político começou com uma sessão religiosa de consagração a marcha depois foi a vez dos políticos entrarem em cena.
Roberto de Almeida vice-presidente do MPLA que comandou a marcha disse aos participantes que é preciso não interromper o processo de crescimento que o país se encontra, voltando a ressuscitar o “fantasma” da conspiração.
“O que muitas pessoas querem é que o povo angolano não se afirme como um povo voluntarioso, que pode realizar muitas coisas que temos feito, melhorar a vida das pessoias e querem paralisar esta caminhada, mas nós não vamos deixar”, disse o segundo homem do MPLA.
Roberto de Almeida defendeu que qualquer alteração que se queira fazer no país deve ser feita de forma democrática, à semelhança do que aconteceu em 2008, “ e se houvesse eleições no próximo mês veríamos quem o povo iria escolher”.
Referindo-se sobre segunda-feira, o primeiro secretário do MPLA de Luanda, Bento Bento alertou que está todo preparado para que seja um dia normal na capital.
“Foram tomadas mediadas de segurança para aqueles que querem fazer de segunda-feira um dia anormal. Vamos todos trabalhar, às instituições públicas vão estar abertas…”, disse
A música juntou-se à “festa”, com os principais cantores da actualidade a juntarem-se a iniciativa do MPLA que se estendeu pelo resto do país, onde foram realizadas outras marchas da paz
De recordar que esta jornada de marchas foi convocada em resposta à suposta manifestação contra o governo agendada para segunda-feira, 7 de Março em Luanda.
MPLA antecipou-se à manifestação anti-governamental de segunda feira