O desarmamento da população civil angolana começou há dois anos. Continuam, contudo, a existir sérias ameaças à segurança dos cidadãos, devido à elevada a proliferação de material de guerra entre os civis. Na mesa redonda de hoje, os nossos convidados falam da implicação do abrandamento agora visível da campanha de desarmamento que o governo tem vindo a levar a cabo desde 2008.
O jornalista Rui Albino, do semanário "O Angolense", começa por dizer ser "importante saudar os dirigentes do Estado angolano por ter desarmado a população, uma vez que o país alcançou a paz", considerando que esse foi um aspecto relevante e um imperativo de segurança. Mas, Albinno nota também que aquele mesmo processo "anda agora de passo trocado, os passos dados abrandaram, o que vai dilatar o período de recolha de material bélico disperso pelo país".Para aquel jornalista registam-se também "algumas assimetrias" no processo de recolha , o que leva a que determinados sectores se sintam lesados ou marginalizados.
O outro participante nesta mesa redonda é Reis Luís, da ONG angolana Centro nacional de Aconselhamento. Luís considera que o processo de recolha de material de guerra entre a população "tem estado ferido de uma distracção por parte das autoridades competentes". Segundo ele, "o processo começou tão bem, com uma certa publicitação e com algum rigor que era de direito, porque se falava que as pessoas pudessem entregar as armas à polícia". Porém,Reis Luís conclui que os órgãos competentes, que deveriam actuar com algum rigor em toda a linha, " "mas não é isso que está a acontecer,porque não agiram daquela maneira e, então, aqueles que têm armas sentiram um abrandamento da parte de que deveria exigir mais do que está exigindo".
É elevada a proliferação de material de guerra entre os civis