"O Governo de Moçambique está a mostrar-se impotente para adoptar medidas concretas de combate à corrupção", diz o Centro de Integridade Pública (CIP).
Para o CIP, a falha "faz com que os investimentos em termos sociais e económicos não estejam a acontecer devidamente".
Esta organização entende que em Moçambique, a corrupção "afecta todas as autoridades públicas, nomeadamente o Parlamento, o Judiciário e o próprio Executivo".
Na celebração do Dia Internacional Anti-Corrupção (9 de Dezembro), Baltazar Fael, jurista e investigador do CIP, diz que em Moçambique, este fenómeno (corrupção) não tem vindo a enfraquecer, pelo contrário, tem vindo a ganhar novos contornos, e o exemplo mais claro é o caso das dívidas ocultas, em julgamento na cadeia da Machava.
Fael diz que a luta contra a corrupção no país não avança por falta de seriedade das autoridades públicas moçambicanas, nomeadamente, Governo, Parlamento e o Judiciário.
Aumento de casos
Ele realça que "em todos estes sectores, sem excepção, a corrupção está lá, porque o Governo e todos os outros actores, não estão a produzir medidas concretas para combater este mal".
"Em Moçambique não existe uma estratégia anti-corrupção, o que quer dizer que não há meios concretos para combater este fenómeno; falta uma estratégia que permita combater a corrupção de forma global, e o Governo está a mostrar-se impotente para criar medidas concretas contra este mal", afirmou o investigador do CIP.
E a directora nacional de desenvolvimento da Função Pública, Sónia Canana, assume que a corrupção está a aumentar na Administração Pública, porque "para este ano, há tendência de aumento de casos de corrupção, relativamente a 2020.