A polícia moçambicana reforçou, terça-feira, a presença nos locais de maior aglomeração pública nos arredores de Maputo, mas garantiu que "não há indícios" de ocorrência de revoltas como as que assolam o norte de África.
Unidades da polícia anti-motim e da polícia de proteção posicionaram-se nas praças da Juventude, Combatentes e OMM, arredores de Maputo, locais que viveram situações de maior violência nas revoltas contra o custo de vida em 2007 e em 2010.
Confrontado hoje pelos jornalistas sobre a movimentação policial, o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Pedro Cossa, associou o reforço com a necessidade de evitar que algumas pessoas se aproveitassem da ameaça de protestos por parte de um grupo de antigos combatentes da guerra civil, terminada em 1992.
Uma das associações dos antigos combatentes havia ameaçado convocar manifestações em todo o país contra a demora na fixação de pensões, mas adiou a acção após o ministro dos Combatentes, Óscar Kida, ter aceitado assinar na segunda-feira um memorando de entendimento com o grupo, que define um calendário para a resolução do diferendo.
Apesar das manifestações terem sido adiadas, a polícia decidiu "preventivamente" acentuar a presença do aparato de segurança na capital moçambicana.