A Procuradoria-Geral da Moçambique (PGR) emitiiu mandado de captura internacional contra um dos criminosos mais famosos do país, Momad Assife Abdul Satar, escreve a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
O mandado de captura do criminoso popularmente conhecido pela alcunha Nini está relacionado com a onda de sequestros em Moçambique.
Nini está fora do país desde que lhe foi concedida liberdade condicional em 2014, após cumprir metade dos 24 anos de prisão por ter sido um dos mandantes do assassinato do reputado jornalista moçambicano Carlos Cardoso, no ano 2000.
Reporta-se que Nini Satar saiu de Moçambique com a justificação de procurar tratamento médico na India, mas há indicações de ter optado em ir à Inglaterra e nunca mais retornar ao seu país.
O mandado de captura é emitido um dia depois da fuga de dois criminosos condenados por raptos em Maputo, nomeadamente José Aly Coutinho e Alfredo Muchanga, que a polícia moçambicana diz estar à procura.
Investigações da PGR, citadas pela imprensa de Maputo, sugerem que Nini Satar organizou uma associação criminosa, envolvendo Coutinho, para o rapto de indivíduos. O resgate envolvia avultadas somas.
Tal investigação aponta também que Coutinho, que cumpria 16 anos de cadeia, é um dos principais suspeitos do assassinato do Procurador Marcelino Vilanculos, que investigava casos de raptos.