Dois autocarros transportadora sul-africana Translux foram atacados hoje, 17, por desconhecidos no distrito de Moamba, no sul de Moçambique, por cerca de 50 pessoas, munidas de facas, catanas e paus.
Aos gritos “Moçambicanos voltem”, os atacantes bloquearam os autocarros e quebraram o pára-brisas do mesmo.
A polícia moçambicana interveio e impediu que os ocupantes do autocarro fossem atacados, apesar das ameaças.
Na sequência desse incidente, que é uma retaliação aos ataques contra moçambicanos na África do Sul, a empresa Translux suspendeu as viagens entre os dois países.
Por outro lado, a multinacional Sasol decidiu repatriar 340 sul-africanos que trabalham em Inhambane depois dos seus colegas moçambicanos terem manifestado ontem, 16, contra a sua presença no país.
A companhia de combustíveis sintéticos anunciou também que interrompeu as suas operações temporariamente em Moçambique.
O Governo de Moçambique iniciou ontem a repatriação dos seus cidadãos que quiseram abandonar a África do Sul.
O primeiro grupo de 107 moçambicanos, entre eles 22 crianças, chegou esta madrugada a um campo para refugiados em Boane, na província de Maputo.
Segundo o correspondente da VOA na África do Sul, 600 moçambicanos procuraram abrigo, nos últimos dias, nos centros de acolhimento na região sul-africana de Durban.
Na África do Sul, a polícia sul-africana disparou hoje balas de borracha e uma granada de efeito moral para dispersar um grupo de imigrantes africanos armados com facões num bairro degradado do leste de Johanesburgo, disse um fotógrafo da Reuters.