Professores moçambicanos ameaçaram esta sexta-feria, 3, boicotar "exames especiais" - agendados para alunos que não conseguiram realizar provas nacionais em dezembro face às paralisações da classe e aos protestos pós-eleitorais -, até o Governo pagar horas extraordinárias em atraso.
O porta-voz da Associação Nacional dos Professores (Anapro), Marcos Mulima, disse à imprensa: "Primeiro que paguem todas as horas extras em atraso, depois vamos controlar os exames especiais, de contrário, vão dizer que estamos a boicotar os exames, enquanto estamos a exigir nossos direitos".
Entre outros aspetos, os professores moçambicanos reclamam atrasos no pagamento de horas extraordinárias de dois meses e 18 dias de 2022, de todo o ano de 2023 e também de todo o ano de 2024, bem como "melhor enquadramento" na Tabela Salarial Única (TSU).
Além dos "exames especiais", o arranque do ano letivo para o ensino geral e técnico e profissional está igualmente "comprometido", ameaçando uma paralisação geral das atividades até o executivo saldar as dívidas.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) de Moçambique vai submeter a "exames especiais" em janeiro todos os estudantes da 10.ª e 12.ª classes que não conseguiram realizar os exames nacionais devido aos protestos dos últimos três meses.
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