O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou estar esperançoso de um 2025 pacífico e que há possibilidade de reconciliação.
"Estamos a trabalhar para isso, eu acredito que o Governo vai continuar a trabalhar nesse sentido. E há condições, mas sobretudo há capacidade no seio dos moçambicanos para manter a paz", declarou Nyusi.
"Temos de encontrar uma saída", disse ainda, sem adiantar mais informação. As declarações foram feitas após uma visita à Comunidade de Santo Egídio, em Maputo.
O Conselho Constitucional (CC) proclamou o candidato da FRELIMO, Daniel Chapo, vencedor das eleições presidenciais, atribuíndo a segunda posição ao candidato apoiado pelo partido extraparlamentar PODEMOS, Venâncio Mondlane.
O próximo presidente moçambicano, Daniel Chapo, vai tomar posse dia 15, no local onde habitualmente decorre a cerimónia, a Praça da Independência. A data foi fixada pelo CC.
Todos os partidos confirmaram que os representantes parlamentares eleitos vão tomar posse, incluíndo o PODEMOS, que tem apoia o candidato presidencial Venâncio Mondlane. O assessor de Mondlane disse que a decisão do PODEMOS era uma "traição".
As autoridades provinciais tomam posse a 20 de Janeiro. Mondlane recusou os resultados e pediu eleições para estes postos para dias 6 e 7 de janeiro para o povo eleger "os seus titulares".
Mondlane prometeu ainda apresentar novas medidas de protesto, na passada semana, para a nova fase denominada "Ponta de Lança", mas até ao momento não foi conhecida a nova tomada de posição.
Num video publicado este domingo, 5, Mondlane acusou a FRELIMO de ser financiada e de servir interesses estrangeiros e de trabalhar para o crime organizado internacional.
As manifestações paralisam Moçambique há mais de dois meses, depois de terem sido anunciados os resultados eleitorais das eleições gerais de 9 de outubro de 2024.
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