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Moçambique: Governo anuncia consensos mas médicos querem mais para evitar greve


Hospital Provincial da Matola, Moçambique
Hospital Provincial da Matola, Moçambique

Greve está marcada para o dia 5 de Dezembro

Quando faltam cerca de duas semanas para a anunciada greve dos médicos do Sistema Nacional de Saúde, o Governo moçambicano anuncia consensos para a solução do principal ponto do caderno reivindicativo, mas os médicos dizem que as cedências feitas são insuficientes para evitar a paralisação.

O início da greve está marcado para 5 de Dezembro na qual os médicos vão protestar contra as condições salariais impostas na Nova Tabela Salarial Única.

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Desde o ultimato dado, representantes da classe médica e do Governo estão em negociações, com o Executivo a anunciar que já há consensos, pelo menos para o tema dos subsídios, que são o principal aspecto do caderno reivindicativo.

"A solução encontrada passa pela fixação do quantitativo nominal, ou seja, aquilo que eles recebiam quando se aplicava o percentual, quando se aplicava a tabela salarial antiga, portanto, este foi o arranjo conseguido com estes diferentes grupos e, felizmente, foi uma solução conseguida mutuamente", disse o vice-ministro.

Depois deste anúncio, feito pelo vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, os médicos vieram a público dizer que não é bem assim.

"Estamos a duas semanas do dia marcado para a nossa greve nacional e não vemos desenvolvimentos satisfatórios, pelo que achamos muito difícil que no dia 5 de Dezembro não haja greve" disse Napoleão Viola, membro da Associação Médica de Moçambique.

Por sua vez, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, diz que a posição dos seus colegas de profissão, revela uma incoerência.

"Ainda ontem (quarta-feira) houve uma reunião com a Associação Médica e a respectiva ordem em que foram apresentados os pontos já acordados e o que posso dizer é que nós, como governo, estamos a cumprir aquilo que foi acordado", concluiu o ministro.

A greve tinha sido marcada para 7 de Novembro, mas foi adiada para o dia 5 para permitir mais tempo de diálogo entre as duas partes.

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