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Ministro da Defesa aberto à cooperação em prol dos direitos humanos em Cabo Delgado


Jaime Neto, ministro da Defesa
Jaime Neto, ministro da Defesa

E vice-chefe do Estado Maior General continua a negar alegações de violação de direitos

O ministro moçambicano da Defesa Nacional, Jaime Neto, diz estar aberto à cooperação com qualquer entidade para o cumprimento dos direitos fundamentais em Cabo Delgado.

Ministro da Defesa aberto à cooperação em prol dos direitos humanos em Cabo Delgado
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Falando num seminário sobre Cabo Delgado, promovido pelo Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), Neto disse que garantir um ambiente de paz é também assegurar o cumprimento dos direitos humanos.

Segundo aquele governante, "o Ministério da Defesa Nacional está aberto e disponível para trabalhar e cooperar com qualquer entidade em matérias relativas aos direitos humanos."

Refira-se que a Amnistia Internacional tem alegado que as forças de defesa e segurança moçambicanas têm estado envolvidas em actos de violação dos direitos humanos, incluindo assassinatos.

Esta quinta-feira, 11, os Estados Unidos avisaram que violações de direitos humanos pelas forças de defesa e segurança de Moçambique em Cabo Delgado, colocam em perigo a sua luta contra os insurgentes.

Capitine nega violação

Contudo, o vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas de Moçambique, Bertolino Capitine, nega que as forças de defesa e segurança estejam envolvidas nesses actos.

Capitine assegurou que "em nenhum momento, as forças de defesa e segurança podiam maltratar a comunidade, porque nós estamos para defender a sociedade e permitir que a economia flua da melhor forma possível".

Capitine negou também que as forças moçambicanas estejam a ser apoiadas por uma companhia privada sul-africana, que, segundo a Amnistia Internacional, têm estado a bombardear civis.

Aquela empresa disse, recentemente, à Reuters que haveria de investigar as alegações de violações mencionadas pela Amnistia Internacional.

Entretanto, Adriano Nuvunga, o director do CDD, defendeu a não militarização daquela província, mas sim a criação de condições para a implementação dos princípios voluntários sobre segurança e direitos humanos na região.

Para Nuvunga, o enfoque principal dos princípios voluntários sobre segurança, negócios e direitos humanos, é a ideia de que a exploração dos recursos naturais, sobretudo os hidrocarbonetos não deve levar à violação dos direitos fundamentais das populações.

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