Links de Acesso

Sindicatos moçambicanos dizem que greve só acaba quando Governo pagar o 13.º salário


Isac Marrengule, presidente da Associação Nacional de Professores (ANAPRO) de Moçambique
Isac Marrengule, presidente da Associação Nacional de Professores (ANAPRO) de Moçambique

Isac Marrengule afirma que esperava que "o Governo recém eleito fosse um Governo diferente"

Ao entrar no seu quarto dia de greve nesta quinta-feira, 23, as centrais sindicais moçambicanas da função pública dizem que a paralisação só irá terminar quando o Governo pagar o 13.º salário.

A paralisação que começou na segunda-feira, 20, e é por tempo indeterminado foi convocada pelo Sindicato Nacional da Função Pública, Associação Nacional dos Enfermeiros de Moçambique, Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, Associação Nacional dos Professores e Associação dos Professores Unidos.

Em entrevista à Voz da América, o porta-voz das centrais sindicais diz que "a greve só vai terminar quando o Governo pagar o 13o salário".

Sindicatos moçambicanos dizem que greve só acaba quando o Governo pagar o 13o. salário
please wait

No media source currently available

0:00 0:03:21 0:00

"Temos um Governo hipócrita", afirma Isac Marrengule, que afirma que esperava que "o Governo recém eleito fosse um Governo diferente, mas nota-se que a hipocrisia, a ignorância e a arrogância continuam"

Marrengule também devolve a acusação de falta de ética ao ministro da Saúde, Hussene Isse, que na terça-feira, 21, disse que "deixar de trabalhar não é ético na saúde”.

"É ético a que o Governo continue a distanciar-se dos profissionais, sejam eles da saúde, da educação ou de outros setores da atividade pública, é ético que um Governo não pague um direito que é consagrado na Constituição da República, um direito adquirido, é ético que um Governo deva três, quatro, cinco anos aos funcionários?”,pergunta o também presidente da Associação Nacional de Professores.

Questionado sobre a adesão à greve, Isac Marrengule diz não poder quantificar mas diz que apenas o serviços mínimos estão a ser prestados.

Chefe de quarteirão (camisa azul) envolvido no processo de exames na Escola Secundária de Kongolote, Moçambique
Chefe de quarteirão (camisa azul) envolvido no processo de exames na Escola Secundária de Kongolote, Moçambique

No caso dos professores, ele assegura que deixaram de controlar os exames e são membros da comunidade ou polícias que estão a fazer esse trabalho.

Aquele porta-voz conclui dizendo que a greve teve de começar dois dias depois da posse do novo Executivo para "dar um sinal".

Ouça a entrevista.

Fórum

XS
SM
MD
LG