A Dyck Advisory Group (DAG), empresa militar privada sul-africana, promete contratar advogados externos para investigar as suas actividades em Cabo Delgado, onde é acusada de matar civis na luta contra os insurgentes, reporta a Reuters.
A Amnistia Internacional (AI), num novo relatório publicado, nesta terça-feira, 2, diz que centenas de civis foram mortos em Delgado pelo grupo insurgente ‘Al-Shabaab’ (não ligado ao da Somália), forças de segurança e Dyck Advisory Group (DAG), contratada pelo governo.
“A empresa (DAG) violou claramente o direito internacional humanitário ao disparar indiscriminadamente contra multidões, atacar infraestruturas civis e não distinguir alvos militares e civis,” disse Deprose Muchena, director da AI para África Austral.
“É preciso agora responsabilizá-los pelos seus actos,” exigiu Muchena.
"Levamos essas alegações muito a sério e vamos colocar uma equipa jurídica independente lá em breve para fazer um inquérito e ver o que estamos a faze," disse à Reuters o fundador da DAG, Lionel Dyck
Dyck declinou dar detalhes sobre a missão da sua empresa em Moçambique.
O recurso à DAG e outras empresas militares privadas na luta contra os insurgentes em Moçambique tem sido criticado por analistas.