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Malanje: Governo não paga contas, hospital fica sem fornecedores


Hospital Geral de Malanje, Angola
Hospital Geral de Malanje, Angola

Problema afecta medicamentos, material para uso em laboratórios e outros sectores.

O facto de o Governo central não pagar o que deve está a afectar o fornecimento de medicamentos e material hospitalar ao Hospital Regional de Malanje.

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O director geral Isaac Savumbe confirmou recentemente que o Hospital Regional de Malanje (HRM) não tem medicamentos em quantidades suficientes para atender a demanda dos pacientes.

Aquela unidade hospitalar de referência na região nordeste de Angola está em dívida com alguns dos fornecedores.

“Pelo facto de que alguns pagamentos efectuados o ano passado ainda não terem entrado nas contas destas empresas, eles, enquanto fornecedores e parceiros têm dificuldades, não conseguem fazer aquisição imediata dos meios que nós solicitamos”, disse.

A dilatação do tempo origina “rotura em stocagem de meios por parte destes indivíduos”, disse o director, anunciando que as autoridades vão procurar “encontrar outros fornecedores que possam estar à altura de nos fornecerem de imediato os meios necessários para o atendimento dos nossos pacientes”.

O problema não se estende apenas ao fornecimento de medicamentos.

A título de exemplo, o director-geral exemplificou: “tive que mandar vir com maior urgência possível o nosso fornecedor de películas, ele categoricamente disse que: enquanto, o Hospital não puder liquidar a divida anterior ele não podia fornecer mais”.

“Películas não vão existir mais, a mesma coisa com a outra empresa do laboratório em termos de reagentes”, disse e questionou: “Que capacidade essa estrutura tem de encontrar um outro fornecedor para expor os meios em quantidade e qualidade?”.

O director-geral do Hospital Regional de Malanje Isaac Savumbe fez referências ao facto durante um debate radiofónico na emissora oficial local sobre “o funcionamento do HRM”, onde mostrou-se preocupado com a dotação financeira cabimentada para a instituição que dirige, numa altura em que a crise provocada pela queda do preço do crude afecta grande parte dos sectores da vida social, económica e política do país.

Os centros e postos de saúde da periferia da cidade de Malanje e nos demais 13 municípios poderão sofrer o mesmo problema.

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