A União Africana (UA) não vai reconhecer os rebeldes na Líbia como o novo governo naquele país, segundo foi anunciado pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma, rejeitando assim apelos para que o Conselho Nacional de Transição (CNT) rebelde da Líbia fosse aceite pela comunidade.
O presidente sul-africano Zuma apelou a um cessar-fogo na Líbia dizendo que Tripoli não está completamente sob controlo dos rebeldes. Zuma que preside à comissão da UA para a Líbia falava na sequência do encontro em Adis Abeba dos dirigentes da União Africana, para decidir o próximo passo em relação à Líbia.
Muitas nações africanas têm laços de longa data com o coronel Kadhafi, o que leva a UA a ter dificuldades em tomar uma posição unânime. Contudo países como a Etiópia e a Nigéria já reconheceram os rebeldes.
As Nações Unidas tinham apelado aos países africanos a “encorajar uma nova liderança” na Líbia e encorajado “os novos dirigentes a criar um governo eficaz e legítimo que represente e fale por todos os líbios” disse a sub-secretária-geral da ONU, Asha Rose Migiro.
Enquanto isso o líder do CNT dos rebeldes, Mahmoud Jibril, que apelara ao reconhecimento da UA e ao desbloqueio urgente dos bens líbios congelados no estrangeiro, alertando que caso isso não aconteça o país poderá vir a fazer face a uma profunda crise de legitimidade.
A oposição líbia está a formar um governo interino em Tripoli apesar de prosseguirem as lutas de rua. Os rebeldes controlam quase todo o país e foram reconhecidos como a autoridade legítima por muitos países.