O governo do Malawi vai reabrir o campo de refugiados de Luwani para conter o fluxo de moçambicanos, uma medida elogiada pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
A Rádio das Nações Unidas reporta que a reabertura é forçada pelo crescente número de pessoas que fogem de Moçambique, que atinge a média diária de cerca de 250, no campo de Kapise, até momento único em funcionamento.
O governo malawiano garantirá serviços básicos e segurança aos moçambicanos no campo, que acolheu outros milhares durante a guerra civil de 16 de anos.
Os moçambicanos alegam perseguição e violência armada em Tete, sua província de origem.
No Malawi, a assistência aos refugiados é apoiada por diferentes agências das Nações Unidas e outras organizações humanitárias, que precisam de mais fundos para manter serviços básicos.
O Acnur, por exemplo, precisa de 1,8 milhões de dólares para necessidades imediatas. O valor cresce em função da chegada e permanência de refugiados.
Além de Moçambicanos, aquela agência assiste, no Malawi, a cerca de 25 mil refugiados maioritariamente dos Grandes Lagos e Corno de África.