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HRW congratula-se com posição do Governo moçambicano sobre denúncias de violações


Campo de refugiados moçambicanos em Kapise, distrito de Mwanza no Malawi.
Campo de refugiados moçambicanos em Kapise, distrito de Mwanza no Malawi.

Em causa denúncias de moçambicanos que fugiram para o Malawi

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) congratulou-se com a posição do Governo moçambicano de investigar acusações de direitos humanos em Tete e que estiveram na origem da saída de milhares de pessoas para o Malawi.

O Executivo de Maputo afirmou ontem sobre a referência de alegadas violações dos direitos humanos, reportadas por alguns órgãos de comunicação social, que “o Governo reitera o seu compromisso em continuar a trabalhar com todos os segmentos da sociedade para compreender em que consistem tais violações dos direitos humanos e tomar medidas apropriadas à luz da lei”.

"O anúncio do Governo moçambicano sobre a necessidade de olhar para as violações dos direitos humanos cometidas por soldados e outros actores na província de Tete é um passo positivo na direcção certa para acabar com os abusos”, disse Zenaida Machado, pesquisadora sobre Moçambique da Human Rights Watch.

Num email enviado às redacções, Machado acrescenta que “todos os inquéritos devem ser credíveis e transparentes e devem garantir que os responsáveis pelas graves violações dos direitos humanos sejam responsabilizados, sejam eles soldados, polícias ou membros da Renamo”.

Para aquela especialista, “as tentativas para desarmar as milícias da Renamo não devem ser feitas à custa dos direitos das pessoas”.

Aquela organização de defesa dos direitos humanos estima que 11 mil refugiados moçambicanos procuraram abrigo no Malawi desde que as operações militares começaram em Outubro de 2015.

Em meados de Fevereiro, a HRW revelou testemunhos de pessoas que fugiram de Moçambique devido a abusos do exército e que dizem ter medo de voltar para casa.

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