O ministro da Economia e Finanças de Moçambique confirmou nesta segunda-feira, 2, o acordo com o Credit Suisse sobre o processo judicial que corre no tribunal da capital britânica, Londres, no caso das chamadas dívidas ocultas.
O acordo, cujos detalhes não foram revelados, entretanto não se refere ao calote de que foi alvo o Estado moçambicano.
Em conferência de imprensa em Maputo, Ernesto Max Tonela não quis revelar os detalhes do acordo, mas disse que o mesmo terá como um dos impactos, o alívio parcial dos custos que Moçambique têm com o processo, nomeadamente, o com os advogados que representam o Estado moçambicano.
“Um dos objetivos do acordo é mitigar riscos, mas também, assegurar custos mais baixos possíveis, tendo em conta que não há previsibilidade sobre quanto tempo o processo vai ainda decorrer”, explicou Tonela.
Segundo o ministro, Moçambique gasta mensalmente “cerca de 3,5 milhões de libras por mês, em pagamento de custos associados ao processo de Londres”, valor que espera que seja reduzido como resultado do acordo alcançado.
Das contas feitas sobre o processo, Tonela revelou que “desde o início do processo, em Fevereiro de 2019, há custos acumulados na ordem de cerca de 80 milhões de dólares”.
O processo judicial em Londres iniciou nesta segunda-feira, e, segundo o vice-Procurador Geral Adjunto, Ângelo Matusse, apesar do acordo alcançado com o banco suíço, Moçambique vai continuar a lutar para ver os direitos a compensação pelo que considera de danos causados pelo calote, apontando o Credit Suisse e a Privinvest como sendo parte daqueles que devem ressarcir o país.
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