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Fala África: Cremilda Macuácua e a juventude como motor do desenvolvimento africano


Cremilda Macuácua, pesquisadora social e comunicadora experiente em envolver a juventude no desenvolvimento da África
Cremilda Macuácua, pesquisadora social e comunicadora experiente em envolver a juventude no desenvolvimento da África

Em entrevista ao Fala África VOA, Cremilda Macuácua, respeitada pesquisadora social e comunicadora, discutiu o papel essencial da juventude no desenvolvimento da África, oferecendo reflexões relevantes sobre o tema.

A pesquisadora social enfatizou a importância da participação ativa da juventude no desenvolvimento do continente africano, especialmente em vista de que cerca de 60% da população é composta por jovens.

Fala África: O papel vital da juventude africana no desenvolvimento do continente
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Ela afirmou: “A participação da juventude nas políticas de desenvolvimento é crucial, como um recurso valioso, porque esses jovens são catalisadores para impulsionar o crescimento económico, social, estabilidade política e o bem-estar geral da população”.

Macuácua ressaltou que essa faixa etária é uma fonte inesgotável de criatividade e dinamismo, capaz de oferecer soluções inovadoras para uma série de desafios, desde problemas ambientais até questões sociais como a desigualdade de género e a discriminação étnica.

Experiência na União Africana: um impacto inspirador

A experiência de Cremilda Macuácua como Voluntária Jovem na União Africana a levou a trabalhar com diplomatas, representantes da sociedade civil e organizações internacionais. Ela também participou de fóruns de tomada de decisão e conheceu de perto o processo de formulação e implementação de políticas da União Africana. Isso a inspirou a reconhecer a importância de criar espaços para que os jovens participem ativamente na tomada de decisões e na implementação de políticas.

Fala África VOA: Cremilda Macuácua destaca o papel transformador da juventude na África
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Desafios e oportunidades para os jovens africanos

A África enfrenta desafios complexos, incluindo barreiras políticas, falta de recursos financeiros, e discriminação em relação aos jovens.

“A própria discriminação e o preconceito por parte dos nossos líderes, eles olham para nós como jovens, jovens que não trazem nada na mesa, mas nós somos jovens criativos, estamos na idade, nós é que vamos levar em frente as políticas que eles elaboram”.

No entanto, a pesquisadora social acredita que esses desafios podem ser transformados em oportunidades. Os governos devem reconhecer o valor da juventude e colaborar com organizações da sociedade civil e parceiros globais para criar projetos e iniciativas que incluam os jovens no processo de desenvolvimento.

O impacto do Programa YALI na carreira de Cremilda

Como ex-aluna do programa YALI (Young African Leaders Initiative), Cremilda Macuácua destaca a importância dessa experiência em sua vida. O programa a conectou a jovens de todo o continente africano e a inspirou a seguir sua paixão pelo jornalismo e pela diplomacia. Além disso, ela participou de outros programas de liderança, como o Nasser Fellowship, que ampliaram ainda mais suas perspetivas e abriram portas para sua carreira atual.


“Recentemente participei do programa Nasser Fellowship no Egito, onde o Presidente do governo egípcio abriu as portas para do seu país para vários jovens participarem deste programa de liderança onde eles nos ensinaram como nós jovens podemos aprender o legado dos nossos líderes passados e como podemos estar a levantar a bandeira do pan-africanismo e impulsionar o desenvolvimento”.

Mensagem para os Jovens Africanos

Cremilda deixou uma mensagem inspiradora para os jovens que desejam desempenhar um papel ativo no desenvolvimento de suas nações. Ela enfatizou a importância da paciência, persistência e determinação, destacando que as mudanças são graduais e podem enfrentar obstáculos. Ela incentivou que eles devem buscar apoio de líderes e a utilizar a tecnologia e as redes sociais para amplificar suas vozes. Cremilda Macuácua concluiu a entrevista recomendando aos jovens que se candidatem para trabalhar como voluntários na União Africana.

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