Em uma entrevista exclusiva para o Fala África VOA, António Fonseca Canjonde discutiu o projeto que lidera para combater a malária em Angola, abordando suas estratégias e o impacto desse esforço nas comunidades locais.
"A visão geral do projeto está direcionada para as famílias mais pobres, buscando integrá-las na sociedade angolana, promovendo a saúde pública, a prevenção e o tratamento."
O projeto já se estende a 16 das 18 províncias de Angola, alcançando mais de 10.000 famílias e abrangendo 1.700 bairros em todo o país.
Metas e Financiamento do Projeto
As metas do projeto são ambiciosas, visando a redução significativa da malária em Angola. António Fonseca Canjonde destaca a importância das parcerias, mencionando o apoio inicial de uma instituição privada angolana com 10 milhões de kwanzas (cerca de 20 mil dólares) para a primeira etapa.
Atualmente, o projeto conta com aproximadamente 65 mil dólares para implementar a distribuição de mosquiteiros, fumigação extra domiciliar e fornecimento de testes de malária.
Educação e Prevenção nas Comunidades Locais
Um aspeto crucial do projeto é educar as comunidades locais sobre a malária e suas medidas preventivas. Canjonde explica: "Nós dividimos equipes de sensibilização nesses bairros, criamos folhetos informativos e temos um call center para assistência imediata." Além disso, uma clínica móvel está disponível para atender às necessidades de saúde dessas comunidades.
Desafios na Coordenação do Projeto
Liderar um projeto tão importante enfrenta desafios complexos. Canjonde aponta os obstáculos económicos, políticos e sociais, enfatizando a necessidade de financiamento e transporte adequado para a equipe técnica. Ele compartilha suas experiências ao assessorar projetos em outros países africanos, como São Tomé e Príncipe, onde a falta de fundos dificulta a implementação eficaz.
Resultados e Impacto Positivo
Após anos de dedicação, António Fonseca Canjonde tem orgulho dos resultados alcançados. Ele destaca a redução significativa da incidência de malária em comunidades como Calima, na província de Huambo, onde a malária caiu de 70% para apenas 10-20%. O projeto também alcançou resultados satisfatórios em outras áreas, fortalecendo sua determinação em continuar.
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