O embaixador itinerante para Questões Políticas de Angola, António Luvualu de Carvalho, reagiu às acusações da Amnistia Internacional sobre o acesso de pessoas ao julgamento dos 17 activistas dizendo que são "uma mentira, “uma notícia absurda sem nexo nenhum”.
A Amnistia Internacional condenou na Terça-feira o modo como está a decorrer o julgamento dos activistas angolanos e acusou o tribunal de ser uma farsa judicial.
Em entrevista à VOA, nesta Quinta-feira, Luvualu de Carvalho afirmou que os familiares têm acesso, os advogados estão lá, há uma sala para a imprensa, há correspondentes estrangeiros na sala, "como se pode ver pelas transmissões da RTP Internacional".
“O julgamento não é um estádio de futebol, há limite ao número de pessoas”, reiterou o embaixador itinerante, para quem se se pretende reportar sobre os direitos humanos deve-se fazê-lo “com verdade e lisura”.
A entrevista com o embaixador itinerante para Questões Políticas de Angola António Luvualu de Carvalho será apresentada na emissão da VOA de hoje.
“A proibição (de acesso ao julgamento) de familiares, meios de informação, representantes diplomáticos, observadores independentes e público em geral transformou o julgamento de 17 activistas numa farsa (Kangaroo court), pondo a independência do sistema judicial angolano em causa”, disse a Amnistia Internacional em comunicado.
“O direito a uma audiência pública é uma garantia básica para um julgamento justo e impedir vários observadores da sala do tribunal sem justificação é uma violação de direitos humanos básicos”, reiterou Muleya Mwananyanda, vice-directora para a África Austral da Amnistia Internacional que acusou ainda o tribunal de ignorar “os princípios da lei e justiça”.