Nesta altura faltam apenas cinco, dos 17 activistas a julgamento em Angola, acusados de crimes de rebelião e actos preparatórios de golpe de Estado.
Benedito Jeremias, Nelson Dibango, Osvaldo Caholo e as duas meninas que se encontram em liberdade, Rosa Conde e Laurinda Gouveia serão os próximos a ser ouvidos.
O julgamento dos activistas começou a 16 de Novembro e estava previsto que durasse cinco dias, mas tem se vindo a arrastar por mais três semanas, o que tem deixado advogados de defesa e arguidos bastante agastados.
Na sequência deste prolongamento, os activistas escreveram uma carta aberta ao Presidente da República, ameaçando greve de fome colectiva caso "a fase de interrogatório se prolongue por mais uma semana" e pedindo a José Eduardo dos Santos que deixe de "interferir" no julgamento.
Um dos advogados de defesa já confirmou a greve de fome colectiva a partir desta Sexta-feira se não forem concluídos os interrogatórios.
Entrentato, o juiz decidiu que apenas estarão presentes no julgamento aqueles que serão ouvidos. A partir de agora os réus já interrogados vão manter-se na cadeia de São Paulo, em Luanda, onde se encontram detidos.