O Fundo Monetário Internacional avisou que a situação económica e financeira em Angola continuará a ser “um desafio” em 2016 porque não se espera uma recuperação dos preços do petróleo.
Numa declaração emitida após consultas com as autoridades angolanas o FMI disse contudo que o crescimento da economia angolana em 2016 deverá “permanecer estável” em cerca de 3,5%.
Por outro lado o orçamento de 2015 permitirá que o deficit governamental caia para 3,5% do Produto Interno Bruto contra 6,4% registados o ano passado.
O FMI diz que no final deste ano (2015) as reservas internacional de Angola deverão cair para 22.300 milhões de dólares ou seja cerca de 7 meses das importações previstas para 2016.
Na sua avaliação o FMI disse que a dívida publica angolana deverá aumentar “significativamente” até ao final deste ano para 57,4% do Produto Interno Bruto, acrescentando que a inflação deverá atingir até ao final do ano 14% “excedendo o objectivo do Banco Nacional de Angola de 7 a 9%”.
“O choque (da descida) do preço do petróleo reduziu de forma significativa a receita fiscal e as exportações, o que trouxe para primeiro plano a necessidade de resolver de forma mais enérgica as vulnerabilidades, diversificar a economia e melhorar a gestão da volatilidade das receitas petrolíferas”, destaca o FMI que sublinhou a importância do governo levar a cabo “reformas estruturais ambiciosas” para garantir a estabilidade macroeconómica e a “sustentatbilidade da dívida”
“A prioridade deve ser dada em tornar o mercado de trabalho mais flexível, promover o investimento privado, melhorar o ambiente de negócios, especialmente reduzindo a burocracia, facilitando o processo de incorporação de companhias e fortalecendo o primado da lei e melhorando as infra-estruturas físicas e o capital humano”, diz o comunicado que advoga também a continua redução dos subsídios aos combustíveis expandido ao mesmo tempo ajuda bem delineada aos pobres.