O Presidente angolano João Lourenço manteve nesta quarta-feira, 5, conversações com o presidente da UNITA, no primeiro encontro formal entre os dois dirigentes desde a eleição de Adalberto Costa Júnior.
O líder da oposição disse que tinha sido “frontal” na abordagem dos temas com João Lourenço, nomeadamente a revisão constitucional, a restruturação da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e a devolução do património da UNITA.
“Nós fomos muitos frontais na abordagem das questões”, Adalberto da Costa Júnior.
“É nossa profunda convicção que os desafios e dificuldades que temos não se vencem sem a coragem de reformas”, acrescentou o lider da oposição angolana para quem mesmo as questões económicas “requerem a coragem de agarrar a constituição e fazer reformas na constituição”.
Eleições e património
Para Adalberto Costa Júnior, a CNE é a maior fonte de conflitos em Angola.
“Os nossos processos eleitorais não têm sido processos que têm trazido muita acalmia”, disse o presidente da UNITA, acrescentando “representatividades partidárias com maiorias definidas à partida não fazem bem à democracia”.
Por isso, disse “deve haver coragem para fazer reformas” que passa necessariamente pelo MPLA que tem a maioria.
“Foi importante termos conversado de forma educada, de forma frontal sobre os desafios grandes onde em muitos pontos não há que haver divisões”, acrescentou.
O lider da oposição disse ainda ter abordado a questão do património da UNITA que não foi ainda devolvido, apesar disso fazer parte dos acordos de paz.
“Há uma enorme penalização da UNITA nesta matéria e nós pensamos que o govenro deve fazer mais”, afirmou Costa Júnior, lembrando que "não é um patrimonio oferecido, mas um património que foi comprado e ocupado", disse Adalberto Costa Júnior, lembrando que é "um compromisso do próprio Governo”.