O combate à corrupção em Angola não terá sucesso enquanto não forem efectuadas outras reformas, disse Adalberto da Costa Junior líder do grupo parlamentar da UNITA.
Este dirigente da UNITA falava na conferência sobre corrupção, boa governação e cidadania numa conferência organizada pela Associação Justiça, Paz e Democracia, AJPD.
Entre as reformas que têm que ser efectuadas Adalberto da Costa Júnior sublinhou a necessidade do parlamento controlar as actividades do governo e para isso o governo tem que revogar um acórdão que limita a fiscalização da Assembleia Nacional.
“O Sr. Presidente diz que o parlamento tem que cumprir o seu papel mas o parlamento está amarrado”,disse Adalberto da Costa Júnior.
“Estas amarras têm que saír se não o discurso é falso", acrescentou, mencionando ainda a necessidade da reforma do estado, a revisão da lei eleitoral “no que toca á eleição do presidente” e a criação do tribunal eleitoral.
Mário Pinto de Andrade do MPLA garantiu contudo que o combate à corrupção está a ser levado a cabo a sério e não há limites a quem poderá sofrer as consequências de actos corruptos.
“Alguns de nós vão mesmo ter que tombar e é isso que o MPLA quer e para isso queremos o apoio de todos”, acrescentou.
Já o economista Filomeno Vieira Lopes do Bloco Democrático em representação da CASA-CEdisse que para se combater a corrupção em Angola é preciso “um plano nacional de luta contra corrupção com uma alta autoridade contra a corrupção”.
“ Os inquéritos devem ser publicados e é preciso que haja uma articulação com a sociedade civil e que se aperfeiçoem os sistemas de integridade”, disse Vieira Lopes para quem isso não deve ser e “uma exclusividade do MPLA é mas sim da sociedade porque quem mais sofre com isso são os pobres “