Uma vintena de candidatos a professores do ensino geral do concurso de 2016 na província angolana de Malanje manifestaram-se na quarta-feira, 13, junto das instalações da Televisão Pública de Angola e do Governo Provincial, exigindo explicações das devoluções dos seus processos pelo Tribunal de Contas.
No total 90 processos foram devolvidos e os lesados responsabilizam o Governo provincial de Malanje.
Um dos lesados Mário Contas disse que no Departamento de Educação foram informados que não tinham sido aceites devido às notas obtidas nos seus exames, o que, para ele, “não é verdade”.
Para além disso, “o Tribunal de Contas devolveu o processo no dia 25 de Agosto de 2017, mas só foi tornado público no dia 11 de Dezembro, porquê?”, questiona Contas.
Patrícia Yolanda, outra das concorrentes, volta a questionar as modalidades do ingresso de novos professores por via de concurso público na província na província de Malanje.
Ela afirma que concorrentes com menor qualificação tinham sido admitidos e isso era também o seu caso.
O director provincial da Educação, Gabriel Boaventura, descartou qualquer acto de injustiça, mas admitiu ter-se registado um erro que será ultrapassado.
“Nós fomos surpreendidos com a devolução de 89 processos que envolve os candidatos que têm estado a reclamar”, reconhece Boaventura, acrescentando que “o Governo provincial logo que tomou conhecimento desse conteúdo tomou medidas que ainda estão em curso, e nos levam a ter a convicção de que mais tarde ou mais cedo o problema será resolvido”
O responsável acrescenta que o Tribunal de Contas impôs que os candidatos assinassem os contratos para que tivesse validade.
O número de vagas atribuídas ao concurso público no sector da Educação em 2016 foi de 364 dos 729 inicialmente previstos para as categorias de professores do ensino primário e secundário, técnicos médios e auxiliares de limpeza.