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Sinprof admite "atrasar" o início do ano lectivo em Angola


Guilherme Silva, presidente do Sinprof, Angola
Guilherme Silva, presidente do Sinprof, Angola

Sindicato responde a secretário de Estado do Ensino Pré-Escolar e Ensino Geral que diz não prever aumentos salariais

O Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) admite condicionar o inicio do próximo ano lectivo no ensino geral em Angola à actualização de categorias e a aprovação do novo estatuto da carreira docente pelo Governo

SINPROF ameaça greve - 1:58
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Guilherme Silva reagia assim às declarações do secretário de Estado do Ensino Pré-Escolar e Ensino Geral, Joaquim Cabril, ao jornal Nova Gazeta, segundo as quais “não prevemos actualizações salariais neste ano nem no próximo”.

O sindicalista vê uma desautorização da ministra da Educação pelo seu secretário de Estado.

“Com esses discursos dissonantes no sector ,o sindicato não tem outra saída a não ser mobilizar os seus membros no sentido de não garantir o início das aulas no próximo ano lectivo caso o Executivo não garanta a actualização de categorias nem aprovar estatuto da carreira docente”, avisou Silva que, no entanto, reconhece a vontade do Presidente da República pela Educação.

Ele desafiou os governantes e os parlamentares a experimentarem pelo menos em 24 horas o salário do professor para garantir o sustento de suas famílias.

Mais de 40 por cento dos professores do ensino primário pertencem à categoria de professores auxiliares do 6º escalão com salários que variam entre os 49 mil e 70 mil kwanzas.

“Professores que galgam quilómetros do seu local de habitat para o local de trabalho, gastando dos seus parcos recursos no táxi e que no fim do mês, terem apenas 20 mil ou 15 mil kwanzas, não daria a esses membros do Executivo ou deputados para sobreviverem um só dia”, exemplificou o sindicalista.

O presidente do Sinprof, que se reuniu recentemente em Malanje com os secretários dos 14 municípios e o secretariado provincial, lamentou o estado em que se apresentam muitas infra-estruturas escolares e o défice no fornecimento de livros gratuitos aos alunos do ensino primário.

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