As primeiras medidas do Presidente angolano, nomeadamente exonerações e nomeações de responsáveis de instituições e empresas do Estado continuam a suscitar reacções.
O afastamento de Isabel dos Santos, filha do anterior Presidente José Eduardo dos Santos, da presidência da Sonangol e o fim dos contratos de outros dois filhos de Santos com a televisão pública revelaram um tom de mudanças nada expectável no início do mandato de João Lourenço
O historiador Martinho Nganga, igualmente secretário provincial do Sindicato dos Professores (SINPROF), em Namibe, em diz que os angolanos devem agora cerrar fileiras para proteger o Presidente da Republica contra os corruptos e os açambarcadores angolanos que, certamente, não quererão ficar órfãos.
O académico chamou ainda a atenção dos operadores da justiça a quem desafiou a mudarem de comportamento visando fazer de Angola um país democrático e de direito.
Mendes de Carvalho, empresário e analista politico e social da RNA emNamibe, é de opinião que “ muitos ainda hão de cair por este comportamento de corrupção”.
Ele questionou o paradeiro de bilhões de dólares transferidos para Portugal antes das eleições de 23 de Agosto.
Sizaltina Culanda, professora universitária, prefere destacar a isenção de vistos entre angolanos e sul-africanos, o que, para ela, é uma vitória dos angolanos.
“Temos que fazer uma corrente de protecção ao novo Presidente contra aqueles que se sentem ameaçados com os novos ventos, por terem sido os beneficiários da presidência cessante”, completa Culanda.