O chefe de Estado Maior das Forças Armadas cabo-verdianas, coronel Adalberto Fernandes, que acaba de regressar de uma missão que efectuou a Costa Marim, disse à VOA que não recebeu nenhuma orientação política para o envio de militares do arquipélago a Guiné Bissau.
Apesar de Cabo Verde estar a seguir com muita atenção e interessado na estabilidade e reforço da segurança na Guiné Bissau, Fernandes diz que de momento não se coloca nenhuma hipótese dos militares cabo-verdianos serem enviados para a Guiné Bissau, pelo menos o estado maior até ontem dia da deslocação do ministro da defesa à Angola, não foi informada de nada sobre essa questão.
Sobre a sua deslocação à Costa do Marfim, o chefe de estado das forças armadas cabo-verdianas disse que participou na reunião da CEDEAO que decidiu criar um contingente para ser enviado ao Mali, mas que Cabo Verde não assinou nenhum acordo para que militares nacionais fizessem parte dessa força.
Contudo,Adalberto Fernandes adiantou que Cabo Verde poderá marcar presença no território maliano com o envio de uma equipa de assistência humanitária formada elementos da protecção civil e da Cruz Vermelha nacional, caso isso se vier a justificar.
E,na questão da defesa e segurança, Angola e Cabo Verde querem estreitar cada vez mais as relações de cooperação. Essa vontade ficou expressa na recente visita que o ministro angolano do Interior, Sebastião Martins, efectuou a bem pouco tempo ao arquipélago.
Agora o ministro cabo-verdiano da defesa, Jorge Tolentino, realiza uma visita de trabalho a Angola.
No encontro com o seu homologo angolano, o ministro da Defesa irá passar em revista o acordo de cooperação técnico-militar assinado em 2007, que para além de priorizar a formação e comunicações militares,abrange um leque vasto de domínios.
Na capital angolana, o ministro da defesa terá uma reunião com os militares cabo-verdianos que frequentam a Escola Superior de Guerra e o Instituto Superior Técnico-Militar, em Luanda, e visitará o Centro de Instrução dos Comandos, em Cabo Ledo.
Cabo Verde poderá marcar presença no território maliano com o envio de uma equipa de assistência humanitária