Socorristas no norte da Nigéria continuam a tratar dezenas de feridos depois de um atentado bombista no domingo de Páscoa ter morto pelo menos 36 pessoas, apesar do aumento da segurança através da região. Ninguém reivindicou até agora a responsabilidade pelo atentado, embora muitos suspeitem do grupo militante islâmico Boko Haram.
Residentes na cidade nortenha de Kaduna disseram que a vida está a regressar ao normal, um dia depois da explosão de um carro armadilhado ter atingido uma movimentada área comercial da cidade.
O norte da Nigéria tem sido palco de tiroteios e atentados bombistas quase diários que têm cada vez mais por alvos civis.
No domingo de manhã, a Polícia informou que um carro de turismo Honda Accord, carregado com explosivos, explodiu na rua principal de Kaduna. Alguns suspeitam que o alvo pretendido fosse uma igreja cristã próxima.
As autoridades disseram que pareceu que o carro tinha tentado aproximar-se do edifício da igreja mas foi impedido por guardas de segurança. Minutos mais tarde a viatura explodiu perto de uma estação de moto táxis.
O grupo extremista Boko Haram e conhecido por alvejar cristãos durante feriados religiosos. Igrejas através do norte da Nigéria contrataram guardas de segurança voluntários desde que atentados bombistas mataram 44 pessoas no dia de Natal no ano passado, incluindo mais de 30 numa igreja católica perto da capital, Abuja.
A organização Human Rights Watch disse que o Boko Haram matou mais de mil pessoas desde o seu reaparecimento em 2010.
O governo nigeriano tem lutado para por cobro aos ataques. Tentativas para conversações indirectas com o Boko Haram fracassaram em Março.
O Boko Haram quer impor a lei islâmica no norte da Nigéria e exige a libertação de membros detidos.