O primeiro fim de semana pós-impugnação no Brasil foi marcado por protestos contra o presidente Michel Temer em algumas capitais brasileiras.
Milhares de pessoas saíram às ruas principalmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e Salvador para denunciarem o que chamam de golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. No Rio de Janeiro e em Salvador, os movimentos foram pacíficos. Em São Paulo e em Curitiba houve confrontos entre populares e as forças de segurança no fim dos atos e também atos de vandalismos.
Em São Paulo, pelo menos 27 pessoas foram presas. Durante o trajeto, diversos imóveis foram pichados e alguns depredados. Em Curitiba, ao menos oito manifestantes acabaram detidos. Um novo ato contra Michel Temer foi convocado para a próxima quinta-feira na capital paulista.
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, também participou do ato em São Paulo. Ele disse que esses movimentos de rua vão continuar com o tema das eleições ‘diretas já’.
“Para quem achava que isso era uma pequena manifestação e que menospreza a mobilização popular aqui está a primeira resposta e outras seguirão estou certo”, disse.
Os manifestantes disseram ao fim do protesto que apesar dos confrontos contra as forças de segurança vão intensificar os atos contra o atual presidente Michel Temer. É o que ressalta a estudante paulista Naiara Nunes de Sá que também criticou a polícia.
“Já estive em três manifestações aqui e São Paulo e é muito bom ver todo esse povo unido contra o golpe que está em curso em nosso país. Mas é impressionante como a polícia está sendo truculenta com agente nas manifestações. Estamos tomando todos os cuidados possíveis. Isso não pode interromper nossas manifestações e temos que ir ainda mais para as ruas”, ressaltou.
Da China, onde está reunido com a cúpula do G-20, o Presidente Michel Temer amenizou as manifestações realizadas contra o seu governo e disse que é a favor do ato, mas contra as depredações.
“Uma coisa é a manifestação democrática que é importantíssima. Houve aquele movimento em junho de 2013 e muito no governo criticaram o movimento e eu disse não. Isso exatamente são aqueles brasileiros que pedem a eficiência do serviço público e vão às ruas para manifestar. Aquele movimento de junho de 2013 naufragou por causa dos depredadores. A manifestação é admissível, porém a depredação é um delito”, afirmou.
E a ex-presidente Dilma Rousseff vai deixar o Palácio da Alvorada nesta terça-feira, 6 de Setembro. A saída estava programada para o domingo, mas segundo assessores, Dilma ainda conclui um inventário de objetos antes de deixar o local. A petista disse que vai percorrer o Brasil denunciando o que chama de golpe.