O Presidente do Brasil, Michel Temer, disse na sexta-feira, 28 de Abril, que a "modernização da legislação" continuará, independentemente da greve geral que paralisou o país nesse mesmo dia.
Em nota, Temer deixou claro que o debate sobre esses temas ocorrerá no ambiente adequado, uma referência indirecta ao aliado sindicalista que tem engrossado o coro contra as reformas.
"O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional", disse Temer, na nota.
Mais cedo, o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o aliado Paulinho da Força, afirmou que as greves passaram um "recado" para que o governo abra as negociações para "fazer uma reforma justa e civilizada".
Na nota divulgada na noite desta sexta-feira, Temer afirma que as manifestações ocorreram livremente e houve garantia ao direito de expressão. O presidente lamentou, no entanto, actos de violência e bloqueios em ruas e estradas.
"Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente", disse.
O discurso corrente entre governistas creditou a maior parte da adesão à greve aos bloqueios e à paralisações de meios de transporte.
"Factos isolados de violência também foram registrados, como os lamentáveis e graves incidentes ocorridos no Rio de Janeiro", disse Temer no documento, em referência a atos de violência e vandalismo.
Temer encerra a nota afirmando que o governo acredita na "força da unidade de nosso país" para vencer a crise e colocá-lo "de volta os trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico".
Reuters