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Dilma Roussef reúne os governadores e prefeitos na busca de solução a revolta popular


Uma semana depois dos protestos os políticos brasileiros parecem estar a deriva e procuram forjar consensos para responder as reivindicações de um protesto de massa sem precedente

A presidenta Dilma Rousseff reúne, nesta Segunda-feira (24), governadores e prefeitos das capitais para discutir as manifestações que tomam o país há uma semana. A presidente se encontra, ainda, com alguns líderes dos protestos.

Apesar do anúncio de parte das lideranças das manifestações, na semana passada, de uma possível suspensão dos atos, há uma série deles programados, via redes sociais, para esta semana no Brasil.

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Até agora, quatro pessoas morreram em decorrência da revolução nas ruas: três foram atropeladas durante manifestações e uma passou mal depois de inalar gás lacrimogênio usado pela polícia para dispersar a multidão.

Na tentativa de acalmar o clima de revolta que toma conta do país com protestos - marcados pela destruição de bancos, concessionárias de veículos, patrimônio público e saques a lojas - a presidente Dilma Rousseff condenou os atos extremos.

Em cadeia nacional de rádio e televisão, a presidente disse na sexta-feira (21) que está atenta às reivindicações e que o pedido de mudança é legítimo. A presidente também prometeu promover uma ampla reforma política, criticou os vândalos e cobrou dos deputados e senadores a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.

Dilma também explicou os gastos com os estádios para a Copa do Mundo e para a Copa das Confederações. “Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e os governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação. Na realidade, nós ampliamos bastante os gastos com Saúde e Educação, e vamos ampliar cada vez mais”, afirmou a presidente.

Uma pesquisa nacional feita pelo Ibope aponta que transporte e a política são principais as razões dos protestos. Ainda de acordo com o instituto de pesquisa, 94% dos entrevistados acham que as reivindicações serão atendidas.

Pressionados pelos gritos que chegam das ruas, deputados e senadores prometem atenção para medidas que acolham as reivindicações dos manifestantes.

Para analistas, que tentam prever os reflexos dos movimentos nas ruas das cidades brasileiras, as manifestações já podem afetar a economia brasileira, sobretudo por causa da percepção dos investidores estrangeiros. Outro reflexo direto do que acontece no Brasil deve ser percebido nos países vizinhos, que podem se inspirar na revolta brasileira.
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