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Brasil: Homem morre após fazer explodir duas bombas perto do Supremo Tribunal Federal


Polícias e militares junto da sede do Supremo Tribunal Federal, Brasília, 13 novembro 2024
Polícias e militares junto da sede do Supremo Tribunal Federal, Brasília, 13 novembro 2024

Não há outros feridos a registar. O autor foi candidato a vereador em 2020 pelo PL, partido que apoia o antigo Presidente Jair Bolsonaro.

Duas explosões, com intervalo de cerca de 20 segundos, ocorreram perto do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, capital do Brasil, cerca das 19 horas 30 minutos locais, quarta-feira, 13.

Um homem morreu com as explosões. As autoridades acreditam que a vítima foi responsável pelo atentado, tendo em c0nta que era dono do carro encontrado no local, com mais explosivos, e com placa do Rio Sul, no Estado de Santa Catarina.

O presumível autor foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, candidato a vereador pelo PL, partido que apoia o antigo Presidente Jair Bolsonaro, nas eleições municipais de 2020, mas não foi eleito.

"Este cidadão aproximou-se do Supremo Tribunal Federal, tentou entrar, não conseguiu, e a explosão aconteceu na entrada", disse a governadora de Brasília, Celina Leão, a repórteres, acrescentando que não existem mais feridos.

Um fotógrafo da AFP no local disse que a zona foi bloqueada.

A polícia vigia o local do crime onde um homem morreu após uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal do Brasil, em Brasília, Brasil, a 13 de novembro de 2024.
A polícia vigia o local do crime onde um homem morreu após uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal do Brasil, em Brasília, Brasil, a 13 de novembro de 2024.

O sargento da Polícia Militar, em Brasília, Rodrigo Santos. informou aos jornalistas que a polícia que patrulhava a área notou o carro em chamas e viu o homem a sair do veículo.

Embora as investigações estejam ainda em curso, as autoridades informaram que, antes da explosão, o homem tentou entrar no prédio, mas como não conseguiu, atirou um explosivo para o edifício, mostrou que tinha artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo na nuca.

O atentado aconteceu na chamada "Sede dos Três Poderes", onde estão o Palácio do Planalto (do Presidente), o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

No momento do ataque, a Câmara dos Deputados e o Senado estavam em sessões, que foram suspensas.

O Presidente Lula da Silva não se encontrava no Palácio do Planalto nem houve ordem para evacuar.

Depois das explosões, Lula da Silva reuniu-se com os juízes do STF, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que também se dirigiu à residência presidencial.

Em comunicado, o STF informou que os juízes foram retirados "do prédio em segurança", bem como os trabalhadores e colaboradores, como medida de cautela."

O incidente ocorreu antes da Cimeira do G20, que tem início na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, e que vai reunir líderes de todo o mundo, entre eles eles os Presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

Após a reunião, Xi realiza uma visita de Estado, na próxima quarta-feira.

A 8 de janeiro de 2023, as sedes dos três poderes foram atingidas por uma insurreição, uma semana depois de o Presidente Lula assumir o cargo, após derrotar o então Presidente Jair Bolsonaro nas urnas.

Milhares de apoiantes de Bolsonaro irritados com sua derrota invadiram os prédios do Governo, do poder legislativo e judicial.

C/AFP

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