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Guiné-Bissau: Domingos Fernandes deixa legado democrático


Parlamento da Guiné-Bissau
Parlamento da Guiné-Bissau

Domingos Fernandes era considerado o pioneiro do exercício efectivo do pluralismo democrático na Guiné-Bissau.

Morreu recentemente em Lisboa com 63 anos de idade Domingos Fernandes, um dos líderes pró-democráticos da Guiné-Bissau e fundador da Resistência da Guiné-Bissau, a primeira formação política expressiva no início do pluralismo político guineense.

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Na sequência do funeral de Domingos Fernandes, em Lisboa, o nosso correspondente em Bissau, Lassana Cassamá visitou a casa do malogrado, no bairro de Penha, nos subúrbios de Bissau, onde encontrou os familiares e amigos que ainda estão acometidos pelo sentimento de perder um ente querido.

Falar de Dr. Domingos não é fácil, porque era um homem intelectual e com grandes capacidades - foi assim que Júlio Cardoso, um dos mais notáveis próximos do malogrado, em dois campos diferentes: o político e o social, começou por lembrar de quem era o primeiro presidente da Resistência da Guiné-Bissau (Movimento Bã-fata), que recentemente faleceu em Lisboa, depois de uma intervenção cirúrgica à prostata.

Domingos Fernandes era considerado o pioneiro do exercício efectivo do pluralismo democrático na Guiné-Bissau, porquanto na altura o então partido único, o PAIGC, dispunha de uma máquina opressora muito forte.

Mas, mesmo assim, a convicção do Dr. Domingos, não só político, como também médico de profissão, acabou por impor-se com a mobilização, formação e implantação da RGB na Guiné-Bissau.

Foi uma história longa e que foi recordada atenta e pormenorizadamente aqui por Júlio Cardoso ao microfone da VOA.
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