O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional disse que o seu gabinete está a recolher provas para julgar Seif al-Islam, filho do Coronel Kadhafi, assim como o antigo chefe dos serviços secretos líbios.
A correspondente da VOA na Nações Unidas, Maragaret Besheer disse que Luís Moreno-Ocampo disse perante o Conselho de Segurança da ONU que está preocupado com a possibilidade de Seif al-Islam poder fugir do país.
O procurador-geral do TPI disse ter recebido informações de que um grupo de mercenários estavam a tentar facilitar a saída de Seif al-Islam da Líbia.
“Estamos a chamar a atenção dos países (da região) a fazerem tudo quando puderem para desmantelar uma tal operação”
Notícias postas a circular indicam que o filho do antigo ditador líbio esteja a tentar fugir para o Níger ou um outro país africano.
Ocampo disse que recebeu solicitações de pessoas ligadas a Seif al-Islam sobre o que lhe aconteceria se entregasse ao Tribunal Penal Internacional de Haia, e também se seria enviado ou não à Líbia no caso de condenação ou absolvição.
O procurador-geral do TPI disse que poderia decretar que fosse enviado a um outro país e não de volta a Líbia após o julgamento, se algum Estado o aceitar.
Em Junho Luís Moreno-Ocampo emitiu um mandado de captura contra Seif al-Islam e o seu malogrado pai, por terem orquestrado uma campanha de assassínios e perseguições contra opositores políticos.
Também na lista de procurados está o antigo chefe dos serviços secretos líbios, Abdallah Senoussi. Ocampo disse a jornalistas que o TPI sabe muito pouco acerca de Senoussi em relação a Seif al-Islam, e que o tribunal está a investigar as queixas de violações em massa de forças de Kadhafi.
“Enquanto for prematuro para estabelecer conclusões sobre números específicos de provas e informações indicando sobre centenas de violações cometidas durante o conflito.”
Luís Moreno-Ocampo disse igualmente estar a tentar determinar os bens e haveres de Seif al-islam e de Abdallah Senoussi que seriam usados pelo TPI para ressarcir as vitimas do regime.
O procurador-geral disse também perante o Conselho Segurança que o seu gabinete está a investigar alegações de crimes cometidos pelas forças da NATO durante a intervenção na Líbia, assim como as que acusam os combatentes do Conselho Nacional de Transição de crimes contra os elementos ou forças pro-Kadhafi.