A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o ministro dos Estrangeiros português, Paulo Portas, criticaram a intenção israelita de construir mais 1.100 residências judaicas na zona leste de Jerusalém,reivindicada pelos palestinianos.
Os Estados Unidos e Portugal apoiam um plano internacional para recomeçar, no espaço de um mês, as conversações de paz Israelo-Palestinianas.
A decisão israelita ocorreu menos de uma semana após o inicio de uma diligência do Quarteto do Médio Oriente para recomeçar as conversações de paz directas, e evitar uma confrontação sobre o pedido Palestiniano de reconhecimento de Estado nas Nações Unidas.
No decurso de uma conferência de imprensa conjunta com o seu homologo português, a Secretária de Estado Clinton deixou claro o desapontamento dos Estados Unidos sobre o que classificou de acto Israelita contraproducente.
“Desde há muito temos insistido para evitarem qualquer acção que pudesse minar a confiança – incluindo e talvez muito em especial sobre Jerusalém – qualquer acção que pudesse ser vista, pela outra parte, como provocação”.
Portugal encontra-se a meio do mandato de dois anos, como membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, e por isso terá um papel chave sobre o pedido Palestiniano, feito na passada sexta-feira, no sentido de ser membro de pleno direito das Nações Unidas.
O Ministro dos Estrangeiros Paulo Portas declinou dizer como Portugal irá votar quando o pedido chegar ao Conselho, limitando-se a dizer que o seu governo deseja ver o recomeço das conversações de paz directas como proposto pelo Quarteto.
“Após a declaração do Quarteto, existe uma possibilidade real de negociações. E quando existe uma hipótese real de negociações, evitam-se medidas hostis às negociações. Isto significa que a decisão israelita sobre os aldeamentos não foi boa”.
O dirigente português sublinhou que no caso das conversações directas recomeçarem, o seu governo irá apoiar a elevação do estatuto de observador dos Palestinianos na ONU como um gesto de boa vontade.
O Quarteto, integrando os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas, apelaram às partes para recomeçarem dentro de 30 dias as conversações, tendo um calendário prevendo progressos sobre as fronteiras do Estado Palestiniano dentro de três meses e um acordo final até ao final de 2012.