O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama afirmou que, ao aceitar negociar com o presidente moçambicano Armando Guebuza, não tinha como intenção obter dividendos pessoais, mas sim pressionar o partido no poder a cumprir o Acordo Geral de Paz e a dividir equitativamente as riquezas pelas províncias do centro e norte do país.
“Quando eu me encontro com Guebuza não é para falarmos de negócio ou de dinheiro. Eu não sou familiar dele nem sou membro da Frelimo. Dialogo com um ditador para ajudar o povo a alcançar a verdadeira democracia.” disse. Sublinhou entretanto que “os comunistas sentem-se agora muito pressionados e por isso aceitaram negociar com a RENAMO”.
O presidente do maior partido da oposição em Moçambique fez este pronunciamento na abertura da Conferência Política Provincial da Renamo, evento que juntou, na capital provincial de Nampula, quadros daquele partido, maioritariamente, mulheres e líderes religiosos, provenientes de 17 dos 21 distritos da província de Nampula.
Dhlakama disse que o encontro por si convocado tinha em vista esclarecer aos membros da Renamo e ao povo moçambicano, em geral, as estratégias e os objectivos das negociações com Guebuza, para evitar especulações e calúnias no seio do partido, como aliás, tem vindo a ser propalado ao nível de alguns círculos de opinião política moçambicana.
Para aquele dirigente, Nampula transformou-se actualmente em capital política moçambicana, sendo por isso, que todas as questões de índole política devem ser divulgadas a partir desta província.
Neste encontro Dhlakama voltou a falar de forma insistente das manifestações pacíficas, ainda sem data marcada, e das assimetrias regionais.
Dhlakama afirmou que, ao aceitar negociar com o presidente moçambicano Armando Guebuza, não tinha como intenção obter dividendos pessoais.