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Costa do Marfim: Gbagbo está a gerir o tempo antes de uma provável rendição


Costa do Marfim: Gbagbo está a gerir o tempo antes de uma provável rendição
Costa do Marfim: Gbagbo está a gerir o tempo antes de uma provável rendição

Ataques contra as posições do presidente cessante entraram no seu sétimo dia

Na Costa do Marfim o presidente cessante Laurent Gbagbo não parece disposto a render-se apesar da pressão das forças leais à Alassane Ouattara que intermitentemente vão atacando a residência presidencial.

Hoje depois de um ataque ao esconderijo de Gbagbo as Forças Republicanas da Costa do Marfim, suspenderam as suas operações assim como alargaram o recolher obrigatório em Abidjan.

Pelo sétimo dia consecutivo dos ataques das forças leais ao presidente Ouattara contra as posições de Laurent Gbagbo tudo indica que o presidente entrou numa corrida contra-relógio.

Acantonado num bunker da residência presidencial e agora sob a protecção de cerca de duzentos homens dos quais fazem parte dezenas de tropas de elite angolana, Laurent Gbagbo vai resistindo as pressões dos combates e das organizações internacionais, e muitos consideram como iminente a sua rendição.

O governo francês que segue de perto as operações no terreno, fez hoje saber através do seu ministro da defesa Gerard Longuet que Gbagbo apenas dispõe ainda de um efectivo de cerca de mil soldados, duzentos deles afectos a residência presidencial. Esse supletivo cuja finalidade é proteger o bunker presidencial tem pela frente a força da ONUCI de 2250 homens num efectivo total de 10000 capacetes azuis, além dos 1700 efectivos da força francesa Licorne e dos 2000 mil operacionais dos grupos tácticos de Alassane Ouattara.

Os combates entraram numa fase de guerrilha civil urbana com relatos de raptos. As forças pró-Gbagbo são acusadas de terem assaltado a residência do embaixador japonês e ter raptado quatro pessoas. O diplomata nipónico teria sido evacuado mais tarde em companhia de meia dezena de pessoas pelas forças especiais francesas.

O governo israelita já solicitou a França para igualmente evacuar seus diplomatas de Abidjan. Um alto responsável americano disse também ter recebido a solicitação de uma vintena de jornalistas que desejam abandonar a cidade.

As Nações Unidas descrevem a situação humanitária como dramática. Os habitantes traumatizados pelos combates continuam refugiados em suas casas. Em alguns bairros as ruas quase que desertas estão entregues a acções de vandalismo e de pilhagem. Os combates dos últimos dias segundo a ONU provocaram dezenas de mortos a situação é completamente dramática e a maioria dos hospitais já não funciona.

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