A polícia moçambicana reforçou ao mais alto nível o patrulhamento nas principais avenidas e ruas, incluindo o corredor entre a Rua das Flores, passando pela rua dos Sem Medo, até à residência de Afonso Dhlakama líder da oposição moçambicana.
A situação não está para pouco, o carro blindado usado no raide do passado 8 de Março já está a circular na cidade. Mas isso não assusta muito os munícipes. O mais preocupante é que para além do carro blindado e os carros de patrulhamento, (vulgo não pisa pneus) as forças de intervenção rápida também estão a circular na cidade com moto patrulhadores, algo já mais visto pelo menos pelos cidadãos de Nampula.
Munícipes entrevistados pela VOA na tarde desta sexta-feira Santa dizem que isto confirma a denúncia de Simião Buteda, da Renamo, segundo a qual, a polícia prepara o assassinato de Dhlakama. Apesar disso, há cidadãos que classificam o movimento policial a que se assiste em Nampula, como sendo normal.
Esta agitação acontece depois de a polícia em Nampula, ter sido citada por alguns órgãos de Informação a assumir que o reforçado contingente policial em Nampula, visa travar qualquer perturbação da ordem e segurança públicas por parte dos ex-guerilheiros que se aumentaram em Nampula.
Curiosamente e a propósito deste assunto, João Inácio Dina, porta-voz da polícia, não quer mais comentar, alegadamente porque os que tiveram acesso à informação dramatizaram de maneira assustadora - diz ele.
Porém apesar desta posição, munícipes há que até pensam em abandonar a cidade de Nampula, pelo menos neste fim-de-semana, temendo que os confrontos registados a 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, venham a se repetir nesta 7 de Abril, no dia em que se comemora em Moçambique, o Dia Mulher Moçambicana.
António Nihora da Renamo disse a VOA que o que se assiste hoje em Nampula, vem apenas confirmar o que a Renamo sempre advertiu.
Questionado sobre o alegado aumento de ex-guerilheiros em Nampula, este disse: “Os ex-guerilheiros que se encontram em Nampula, são só da província de Nampula, não se trata de aumentos nem diminuições”
O porta-voz da Perdiz que não há ainda necessidade alguma de reforçar o número de ex-guerilheiros, porque os que se encontra já na capital provincial chegam muito bem para defender um eventual ataque à residência do seu líder.