O Parlamento iemenita aprovou a imposição do estado de emergência no país. A decisão surgiu no mesmo dia em que a oposição convocou um protesto para a próxima sexta feira, destinado a exigir a saída do Presidente Ali Abdullah Saleh.
Os grupos da oposição no Iémen prometeram continuar com os protestos, apesar da imposição do estado de emergência.
A marcha de sexta-feira próxima, visando a resignação do presidente Ali Abdullah Sale, tem por destino precisamente o palácio presidencial em Sanaa.
Cerca de três mil manifestantes expressaram a sua oposição ao estado de emergência após o anúncio ter sido feito pelo parlamento.
Ao abrigo do estado de emergência, as forças de segurança ficam dotadas de poderes especiais nomeadamente o de impedir manifestações e deter suspeitos.
A adopção do estado de emergência já era esperada uma vez que o partido governamental de Saleh detêm a maioria dos assentos parlamentares. A medida foi anunciada após indivíduos armados ao presidente dispararam, na passada sexta feira contra manifestantes anti governamentais, matando 52 pessoas.
Saleh alertara na terça-feira, os dirigentes militares de que qualquer tentativa de golpe iria conduzir a uma guerra civil, sublinhando que qualquer divisão no sector militar terá um impacto negativo no país.
Um porta-voz do presidente Saleh indicou que ele estava disposto a realizar eleições antecipadas ainda este ano, e deixar o cargo em Janeiro próximo face ao intensificar das manifestações de protesto contra o seu regime de 32 anos.
Anteriormente Saleh tinha afirmado que se manteria no cargo ate final do seu mandato em 2013.
Uma serie de autoridades governamentais, dirigentes tribais e diplomatas passaram-se para o lado da oposição após a sangrenta repressão.